Com o objetivo de mostrar as técnicas de estudo da biologia reprodutiva de peixes, a professora Andréa Paiva, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) em Penedo, ofertou, nos dias 13 e 14, minicurso para 30 participantes do Congresso Acadêmico Integrado de Inovação e Tecnologia (Caiite).

O minicurso foi dividido em duas partes: o primeiro dia foi de exposição da teoria, com foco na diferenciação sexual dos peixes, estratégias e métodos reprodutivos; no outro, foi apresentada parte da metodologia de estudo, incluindo coleta, pesagem, biometria e identificação dos peixes.

A professora afirmou que a motivação para ofertar o minicurso partiu do fato de ser a única professora na Ufal a trabalhar a reprodução dos peixes e por entender a importância desse estudo para o trabalho da pesca. “Como sou a única professora da Ufal a trabalhar com reprodução de peixes, e é essa a minha linha de pesquisa, então fiz um minicurso que aproveitou conteúdos da disciplina Ecologia de peixes estuarinos”, acrescentou.

 Pilombetas

Atualmente, Paiva tem como objeto de estudo as pilombetas de Piaçabuçu. Ela observou que todas as pilombetas ficam com as gônadas maduras durante certo período, o que indica que elas estão em processo de reprodução. “Dessa forma, se elas são pescadas em processo de reprodução de forma desmesurada, significa que estão sendo interrompidas em seu processo reprodutivo, acarretando na diminuição dos estoques pesqueiros ou na extinção da espécie, com a diminuição gradual dos recrutas, que são as pilombetas em sua fase mais jovem”, explicou.

Segundo a pesquisadora, o estudo da reprodução das pilombetas  pode indicar o que deve ser feito como medida de manejo para que o estoque pesqueiro não seja reduzido. O estabelecimento, pelos órgãos de defesa ambiental, de um período de defeso ou mesmo a limitação do tamanho de captura dos peixes são algumas das medidas úteis para manutenção da espécie.

Mercia Pimentel – jornalista