Educadores discutem diversidade e inclusão na escola | Educadores discutem diversidade e inclusão na escola – Caiite 2016

Educadores discutem diversidade e inclusão na escola

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Diante da atual conjuntura de instabilidade política do Brasil, a programação do Caiite na unidade da Ufal em Penedo contou com a mesa-redonda Diversidade e inclusão no contexto da educação brasileira, para refletir sobre as políticas públicas e afirmativas em torno da diversidade e inclusão no âmbito educacional, bem como os desafios e conquistas relacionados ao tema.

A mesa foi proposta pela professora Valéria Cavalcante (Ufal Penedo), tendo ainda como integrantes as professoras Jusciney Carvalho, do Centro de Educação da Ufal, Joseane do Espírito Santo (Ufal Penedo) e Juliano Matias de Brito, da Secretaria de Educação de Maceió.

Em sua fala, Jusciney Santana ressaltou que as políticas afirmativas no tocante às relações étnico-raciais correm o risco de enfrentarem obstáculos cada vez maiores devido às mudanças recentes que envolvem a iminência da aprovação da PEC 55. Destacou ainda que em Alagoas os dados são mais preocupantes no sentido de efetivação dessas políticas afirmativas, tendo em vista os baixos índices educacionais atrelados ao alto nível de desigualdade étnico-racial observado no Estado.

O professor Juliano Brito, coordenador do Fórum Estadual de Educação de Alagoas, concentrou sua exposição no tema diversidade sexual, referindo-se especificamente aos últimos acontecimentos que levaram o estado de Alagoas à discussão sobre as chamadas “ideologia de gênero” e “lei da mordaça”. Para o professor, “a ‘ideologia de gênero’ foi construída para que a sociedade silenciasse a existência de relações machistas e de desigualdades de gênero e de sexualidade. Por isso, a necessidade de se pensar para além das configurações familiares tradicionais”.

Professora de Libras, Joseane do Espírito Santo expôs a condição do ser surdo e enfatizou a necessidade de serem construídas relações com a comunidade surda pautadas pelo respeito e pela inclusão. Para a professora, o melhor caminho para a inclusão do/a aluno/a surdo/a é a efetivação de escolas ou classes bilíngues em que esses/as pessoas possam ter a oportunidade de estudar em um espaço próprio utilizando a Libras como primeira língua e a Língua Portuguesa como segundo idioma.

Por fim, a professora Valéria Cavalcante afirmou que a mesa foi proposta como forma de discutir diversidade e escola, devido à necessidade de uma discussão mais aprofundada. “Entendendo que a escola é plural e diversa e que existem várias questões sendo silenciadas no ambiente escolar, nós, como universidade federal, precisamos atentar para a necessidade de reafirmar essas discussões na formação de professores”, ponderou.

Ascom Ufal

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