Acessibilidade no Sinpete, uma questão de inclusão
Equipe de acessibilidade no Sinpete tem proporcionado momentos únicos aos visitantes.
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Um evento bem-sucedido é quando todos os participantes e visitantes se sentem incluídos e pertencentes às atividades. O Sinpete dispôs de uma equipe de acessibilidade para atender esse objetivo, com um olhar sensível e atencioso para as pessoas com deficiência ou neurodivergentes, que necessitam de algum apoio ou suporte, para que toda a experiência seja proveitosa e enriquecedora.
A estudante de Química Licenciatura, Elizama Gueiros, atuou na coordenação da equipe de acessibilidade do Sinpete. Elizama também é bolsista no programa MobiUfal, projeto que auxilia na mobilidade de estudantes com deficiência visual dentro da universidade, e reforça a importância de ter uma equipe específica para esse apoio em eventos como o Sinpete. Para ela a experiência tem sido enriquecedora “atuar como coordenadora da equipe de acessibilidade tem sido um aprendizado novo para mim, me emocionei em vários momentos do evento”.
A coordenadora da equipe conta que um desses momentos foi “quando pude ver o sorriso no rosto de uma criança surda que veio prestigiar o evento junto de sua escola. Ao me apresentar a ele, disse que eu seria a intérprete dele no evento, ele abriu um sorriso largo e me abraçou”.
O Sinpete tem sido palco de momentos emocionantes, como disse a estudante Sarah Mical. Ao visitar o evento, ela pode vivenciar diversas coisas diferentes, em um ambiente de intensa troca entre ensino e aprendizagem. Uma situação especial foi quando Sarah presenciou um professor de matemática fazendo um truque de mágica e descobrindo, enquanto conversava com ela e outros alunos, números que eles estavam imaginando, mostrando que “matemática não é só conta”.
“Meu nome é Sarah Mical, eu sou deficiente visual, mas enquanto houver inclusão, eu serei conhecida como Sarah, e não por ser deficiente visual”, a estudante enfatiza a importância de grandes eventos terem acessibilidade para pessoas com outras necessidades especiais, “é muito importante, podemos esquecer que pessoas têm outras necessidades ou dificuldades em certas coisas, tratando como se elas não tivessem”.
A coordenadora Elizama relata outro momento marcante, “foi quando a aluna Sarah (baixa visão) conheceu o estande do NAC (Núcleo de Acessibilidade) e festejou de alegria quando conheceu alguns equipamentos em Braile que nunca teve contato antes”. A estudante diz que no estande pode conhecer equipamentos que ainda não tinha conhecido antes, “como eu sou baixa visão, eu cresci no mundo do cego e no mundo da pessoa que enxerga. Eu achei que conhecia todos os materiais, mas eu não conhecia. Principalmente as coisas para baixa visão, que ninguém nunca me apresentou, porque são materiais muito caros, eu achei que não tinha aqui em Maceió, mas eu vi e estou impressionada”.
Para pessoas como Sarah, que amam pessoas, cultura, transmissão de conhecimento e aprendizagem, é imprescindível que a inclusão seja efetiva. Desfrutar de tudo o que o Sinpete tem a oferecer só é possível se ele for acessível e inclusivo com todos, sejam visitantes, alunos, expositores e professores. “A minha expectativa é ter ainda mais experiências nos próximos dias, quero rir e aproveitar as exposições”, a estudante também estará expondo, ao lado de colegas, a sua Ideia Inovadora e espera, com muito entusiasmo, as próximas vivências.
A semana, promovida pela Ufal é uma organização da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) com patrocínio do Serviço Social da Indústria (Sesi), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT).