Sinpete inicia ciclo de mentoria com os vencedores do InovaEdu

Primeiro encontro do LabMent abre a jornada de aperfeiçoamento de ideias, produtos e pesquisas voltadas à inovação educacional

Por Sinara Beserra - Ascom Sinpete
- Atualizado em
LabMent é uma iniciativa da Semana de Pesquisa, Tecnologia e Inovação na Educação Básica
LabMent é uma iniciativa da Semana de Pesquisa, Tecnologia e Inovação na Educação Básica

Na última sexta-feira (28), teve início o Laboratório de Mentoria (LabMent), uma iniciativa da Semana de Pesquisa, Tecnologia e Inovação na Educação Básica (Sinpete), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Participaram da atividade os vencedores do concurso InovaEdu de 2025. O dia foi marcado com atividades formativas com as equipes. Iniciando com a Aula Magna, que contou com palestras das professoras Janice Cavalcante, da Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Arapiraca, e Giana Raquel, do Instituto de Ciências Biológicas (ICBS) da Ufal que trataram sobre: Popularização da Ciência e o Poder da Comunicação Científica e a Ética na Pesquisa Científica.

O encontro aconteceu no Observatório da Rede de Inovação para a Educação Híbrida, iniciativa do Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (Nees), no Campus A.C. Simões da Ufal em Maceió, das 9h às 16h. Contou com a participação de estudantes, professores orientadores e mentores, que farão parte da jornada de mentoria. O LabMent é parte do acompanhamento da Sinpete e é etapa obrigatória para a continuidade das atividades no período pós-evento.

Papel importante dos orientadores 

Para o professor orientador, Alef Marinho, vencedor da categoria Produto Inovador com o projeto “Inclupen – Caneta Adaptada para pessoas com Parkinson”, as expectativas com o LabMent são várias, “além das publicações dos artigos e dos livros, esperamos que os alunos possam ter essa extensão daquilo que eles produzem na escola. Esse contato com a Universidade e com outros projetos, irão ampliar o conhecimento que eles já têm com o que produziram na escola”, afirma.

A função do professor orientador é de mediação, “as ideias surgem com os alunos, e nós devemos orientá-los para concretizar todas as propostas. Nosso papel é para mediar esse conhecimento já existente, ou então preencher as lacunas e trazer estruturas necessárias para a realização dos projetos”, relata o professor que reafirma que o protagonismo é dos estudantes.

A volta para a escola é diferente depois da experiência com o LabMent. “Eu volto com a consciência de que é possível visitar espaços através da minha orientação como professor de pesquisa que eu não conhecia. O laboratório tem ressignificado o meu olhar para questões práticas do dia a dia que acabam sendo esquecidas. Agora será possível revisitar alguns processos que eu já desenvolvia com os alunos em sala de aula, mas de uma maneira mais estruturada”, finaliza o professor.

Experiência marcante para os estudantes 

A estudante Thalyta Moraes, vencedora na categoria Pesquisa Inovadora com o projeto “Miniestação meteorológica para acompanhamento do clima local”, reforça a importância do InovaEdu e do Laboratório de Mentoria para a sua vida. “O incentivo que estamos recebendo é muito importante. Eu achava que iria cursar licenciatura na área de Matemática, mas a partir do desenvolvimento do projeto, e das visitas que realizei ao Icat [Instituto de Ciências Atmosféricas da Ufal], hoje acredito que é isso que quero cursar”.

Thalyta relata que pode conhecer de perto a estrutura do Instituto, professores e mais das áreas de estudo. “Esse desenvolvimento está sendo muito bacana, estou traçando o rumo da minha vida e me encaminhando para outros tipos de projetos e oportunidades”, afirma.

Juntamente com sua equipe, o projeto já alcançou credenciamentos para apresentação no Paraguai e na Colômbia, e atualmente aguarda a resposta para participação na Febrace, a Feira Brasileira de Ciência e Engenharia realizada em São Paulo. “Essa pesquisa traz novas oportunidades, graças a nossa dedicação e à ciência”, disse.

A estudante afirma que é no LabMent que as pesquisas serão aperfeiçoadas. “Com as mentorias individuais e coletivas, iremos receber uma visão diferente para o nosso projeto. No caso da estação meteorológica, iremos ampliar o nosso campo de visão e de aplicabilidade, e também conhecer as outras propostas dos nossos colegas”, destaca.

Um trabalho que transforma

A professora e coordenadora da Sinpete 2025, Jadriane Xavier, acredita na construção coletiva que a Sinpete, através do trabalho de mentoria, produz para os participantes. “O InovaEdu é um concurso muito especial para a Sinpete, ele não acaba no evento mas continua através do LabMent. Trabalhar atividades formativas gerais e também com a formação específica dos projetos com o mentor e seu grupo, faz a diferença nesse acompanhamento”, conclui.

Atual coordenadora do LabMent, a professora Maria Ester compartilha a relevância da Aula Magna para o novo ciclo de mentoria, “nesse momento nós acolhemos os premiados do concurso que, durante alguns meses, irão trabalhar juntamente com os mentores científicos no desenvolvimento e na escrita científica de livros e artigos”.

Ester reafirma o compromisso do Laboratório em proporcionar trocas e vivências que geram frutos, “todos nós saímos desse primeiro dia após as conversas, com muitas ideias e metas a serem alcançadas. Será um processo bonito e produtivo, para entregar na Sinpete 2026 produtos maravilhosos, frutos da mentoria do LabMent”, finaliza.

Vera Pontes, coordenadora-geral do Sinpete, mostra a relevância da iniciação de mais um ciclo de mentoria. “Esse trabalho visa fortalecer a pesquisa científica na escola, terminando na produção científica, por meio da publicação dos projetos. Já neste primeiro dia foi possível direcionar as primeiras trocas com os mentores de cada equipe, que são pesquisadores da Universidade que contribuem nessa jornada”, relata.

O Laboratório de Mentoria nasce como um espaço estratégico de formação científica, e sua existência é possível graças às parcerias que contribuem no fortalecimento da pesquisa na educação básica, como a Fapeal, CNPq e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. E conta com o apoio institucional da gestão da Universidade Federal de Alagoas, que reafirma seu compromisso histórico com a educação pública, gratuita e de qualidade.

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