Com as videoaulas, criou-se uma maior proximidade entre professor e aluno. Visto como uma solução imediata, as aulas gravadas foi uma alternativa para compensar o distanciamento e reduzir os problemas crônicos do ensino-aprendizagem. A introdução de videoaulas de cunho teórico contribuiu também para inserir os alunos em um processo de aprendizagem onde o uso de tecnologias digitais o fez modificar sua relação com a disciplina, ampliando a sua reflexão sobre a aplicação de conceitos e teorias na prática. Então, as aulas foram criadas tanto usando apresentações em Pdf quanto videoaulas criadas no próprio Power point. Utilizou-se também os programas OBS Studio nas gravações e OpenShot Vídeo Editor nos ajustes dos vídeos criados. A estratégia adotada na ministração das aulas durante o período letivo excepcional foi produto de cursos promovidos pela PROFORD, como a Oficina de criação de videoaulas, Cursos de Moodle Básico e Avançado e o curso TDMA (neste curso, os recursos digitais Google Site, Padlet e o Piktochart, com a criação de infográficos, foram também aplicados em atividades).

A possibilidade da criação de uma nova ponte entre a videoaula gravada pelo educador e o aluno (espectador) promoveu o desencadeamento de outras dinâmicas de aula, como o uso de recursos digitais para compartilhamento de material de leitura e vídeo utilizando o Google Drive, elaboração de textos em grupo utilizando ferramentas como Google Documentos, realização de fóruns e resolução de tarefas, entre outros, disponíveis na plataforma Moodle Acadêmica da UFAL. Foi notória a maior sensibilidade dos alunos com as exposições audiovisuais, por conta da multiplicidade de habilidades requeridas dos alunos para o acesso às mídias, caracterizando o auge do letramento digital na sala de aula.

Contendo textos e imagens coloridas de vários tamanhos e formatos, juntamente com a imagem do educador na tela, a combinação visual e sonora resultou em um conjunto de maior significação dos conteúdos. De fato, as linguagens superpostas dão maior força na produção das aulas. Além disso, o aluno pode rever várias vezes cada aula ou pontos específicos de cada assunto tratado nas videoaulas. Por outro lado, vale salientar que o esforço exigido do aluno em compreender a aula é maior, visto sob o ponto de vista deste ser o protagonista de sua aprendizagem, cabendo tão somente a ele alcançar os benefícios por meio do seu alinhamento com a forma de aprender. Nesse aspecto, alguns deram um feedback ao relatarem que a imagem do professor prende a atenção.

Outro fato que merece destaque é o tempo de duração do vídeo, constatando relatos de que divisões em partes reduzidas facilitam o download das videoaulas e ajudam na captação da ideia central abordada, evitando, assim, dispersões da atenção.

Experiências foram diversas, entre elas: a importância em passar informações diretas, sem rodeios; ajustes e cortes de vídeos longos, transformando-os em vídeos menores; reduzir tempo na produção de videoaulas, buscando dar ênfase em assuntos de maior interesse; e acrescentar leituras complementares, de forma a agregar maior quantidade de conteúdo.

Com relação às dificuldades encontradas, pode-se dizer que, para o docente, o tempo de preparação da videoaula é muito maior se comparado a uma aula convencional, pois existe a necessidade de conhecer programas de gravação de videoaula e edição de vídeos. Outro ponto observado foi a dificuldade de acesso dos alunos aos vídeos, para realizarem download diretamente da pasta no Google Drive, devido a alguns deles assistirem as aulas do aparelho celular. Medidas como colocar as videoaulas no youtuber modo privado foram tomadas.

Vale salientar que as ferramentas digitais não irão substituir a aula do professor, mas servir apenas como suporte para a disciplina.